quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

POEMA À CASA




Estes muros são a nossa casa,

o modo austero de preservar

o tecto para as chuvas e o vento,

onde encontrar um refúgio, o alento

para dizer as palavras indizíveis.



Aqui coabitamos com as dúvidas

que escondem um instante efémero,

uma noção solene do nosso tempo breve

para discorrer sobre os acasos.



Transpiramos as sombras espessas

que chegam depois da exígua claridade

ofuscando o brilho dos nossos olhos



para que o amanhã de novo se construa

por cima dos nossos restos da luz morta.




em "Causas de Habituação", em preparação




Vieira Calado

Poeta, escritor português possuí 3 blogs, o poema acima foi retirado do seguinte blog

http://vieiracalado-poesia.blogspot.com/

6 comentários:

vieira calado disse...

Obrigado, amiga!

Bjs

Elaine Siderlí disse...

Eu é quem agradeço, a honra é minha!

bjus!


Elaine Siderlí.

Café da Madrugada® Lipp & Van. disse...

=D Elaine, obrigada por add lá.

ah! Gostei desse ultimo post.
O poema é ótimo!
Acho que vou bisbilhotar os blogs desse autor! rs.

Beijos.

Elaine Siderlí disse...

Obrigada pela visita, vá bisbilhitando sim, pois os encontros sõ sempre únicos e proveitosos.

bjus.

Elaine Siderlí.

Unknown disse...

H[a tempos não lia um poema do Vieira Calado. Ele é Le creme de la crème!

Bela postagem e escolha!

parabéns

Mirze

Elaine Siderlí disse...

É sim Mirze, gosto muito do que ele escreve e aprecio boas e diferentes leituras amiga tu sabes bem disso!

bjus.


Elaine Siderlí.