segunda-feira, 14 de novembro de 2011

?!?

não sei ainda como lidar com as emoções e talvez eu nunca aprenda, eu estava na margem do riacho, observando as aguas fluirem, apreciando algo antes não notado por mim, sua pequena ausência e a minha 'certeza' de que o contato havia se perdido, me fez olhar por outros angulos e vislumbrar outras cores, no entanto a cada sopro de brisa que traz o perfume teu, meus olhos teimam em marejar, é vetado a permanencia, é certo a ausencia, então porque continuo a responder soprando de volta?!porque o coração ainda pulsa mais forte quando ouve o seu toque?!porque continuo a brincar de gato e rato, sendo que sou sempre eu o rato e nem mesmo o queijo terei como recompensa?!os "porques" todos podem ser respondidos,no entanto os 'pra ques' estes busco incansavelmente, o que é a co-dependecia neurotica?! o que é sentimento e o que é ilusão?! declaro-me emocionalmente cansada e não apta a corrigir tais vicios que me trouxeram novamente pro alto do abismo, sai por vontade propria da margem do riacho, atravessei cercas e cruzei lagos, atropelei pedras e desci as corredeiras e novamente estou no alto do abismo vislumbrando o por do sol e divagando sobre o "nada" e "coisa nenhuma", o sol se põe e com ele se põe parte de mim...

Elaine Siderlí

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

11.11.11

Gosto de pensar de forma simbolica
gosto de buscar entender as entrelinhas
a data de hoje é no minimo bela
pode ser a abertura de um portal(como alguns dizem)
pode ser apenas mais uma data em nosso calendario

Apenas sei que é mais um dia
que foi mais um dia de existencia
onde lutei contra meu maior inimigo (eu mesma)
onde conquistei vitorias e acumulei experiencia
onde aprendi a real diferença entre viver e sobreviver
onde eu disse um até breve com o sabor de um adeus

11.11.11...mais um dia de luz vivenciado neste plano
gratidão a Luz Maior.

Elaine Siderlí.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Agradável Sentir

É por deveras agradável sentir...
a bagunça que faço em tua vida organizada
com a sutileza e a persistencia que são natas em mim

É por deveras agradável sentir...
a importância que dás a cada gesto, sorriso, suspiro meu
ainda que eu esteja em estado alterado de consciência/sentimento/emoção
permaneces junto a mim como se fostes a âncora que me atraca ao porto
quando a tormenta emocional/hormonal me assoberba

É por deveras agradável sentir...
o som da tua voz doce e ao mesmo tempo firme
me embalando em contos, estorias, fatos reais

É por deveras agradável sentir...
o pulsar do teu coração mesmo que em outra 'galáxia'
pulsando unamente com o meu.

Eu sinto você e isso é algo que ninguém pode me levar.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Sobre partir...

Chegou em uma noite de verão...
humor, respeito, carinho, compreensão
teimosia, carência, competitividade

Passo a passo se fez presente
construiu uma 'relação'
pequenos gestos com grande simbolismo

Risos, sonhos, abstração
Pranto, lamento, saudade

Ouvindo e falando
Falando e ouvindo

Restaurou, desestruturou, destruiu, construiu...

Quando apoderou-se de si, percebeu então
o envolvimento emocional, sentimental
encontrou um coração que não o completa
e sim o transborda, visto que é completo por si
encontrou exatamente o que pensava não buscar
imaginava não existir (mas existe)
tirou a venda, revelou segredos
e
com
medo
escolheu (e toda escolha carrega em si uma renuncia)
escolheu partir pausadamente

Partir o vinculo que pela lógica racional nunca existiu
Partir o vinculo sentimental-emocional indissoluvel
Partir as flores
Partir a hora do almoço
Partir a necessidade de ser exclusivo

Partiu em tantos fragmentos seu sentimento
e o sentimento alheio que em uma noite qualquer
de primavera partirá definitivamente
sento
observo
escrevo
e
apenas lamento.


Elaine Siderli.

sábado, 1 de outubro de 2011

Meu Elefante Branco...



introdução...

O elefante é o animal mais forte deste planeta...
em algumas culturas é cultuado como uma divindade...

O branco é a junção de todas as cores...
para alguns representa o luto, para outros a paz...




Um Elefante Branco tanto pra esse ou aquele é
percebido
notado
exposto
visto...

Estou aqui no silencio de uma tarde de primavera
na tentativa de parir meu elefante branco do âmago do meu ser
tudo aquilo que guardei que nem eu mesma sei
tudo o que está ali dentro onde talvez eu nem queira mexer
porém com a provocação saudável de uma alma amiga
estou cá a pensar como construir o que na verdade desejo destruir
a dúvida surge..."destruir?!" será mesmo que é este o desejo?!
enfim é preciso construir para demolir
é preciso bagunçar para arrumar
é preciso a dualidade para encontrar a simplicidade do existir


Meu elefante branco...

as patas dianteiras trazem sonhos então são forjadas de bambu
para que estes sonhos se inclinem diante da dificuldade de
realização mas que persistam e se levantem quando o momento oportuno chegar
as patas traseiras trazem a razão para que possa se firmar e mesmo que as
dianteiras insistam em saltar ser apoio e não deixar o corpanzil se estatelar
e estas são forjadas de aço inoxidável

o corpo é feito de mata nativa com galhos, flores, verde oliva
mata ora velada ora desbravada depende apenas do raio de sol
ou da tempestade tropical que ali ousar chegar
pode ser um refugio, o parque de diversão,
pode ser uma perdição, a lamentação

a cabeça ah essa cabeça por vezes maldita e por vez bendita
coloca-se a frente mas teme seguir enfrente
lança a duvida mesmo possuindo a certeza
ah essa cabeça poderia ser de vento
ou de fagulhas do firmamento
poderia ser de poeta, masoquista,
neurose, maternidade, cumplicidade, companheirismo, amizade...
ah a cabeça é uma bola de sabão
pois coloco o coração não no corpo e sim na cabeça
e o coração é cheio de atmosfera ilusória
que reflete as cores os tons os sons externos
mas que não consegue silenciar e lidar com seu silencio
silencio divino, natural de todo ser,
mas que cabeça é essa?!
uma cabeça feita de bola de sabão em forma de coração...

a tromba é o que vai na frente sempre então é composta de um largo sorriso
a cauda é a censura, não a possuo.



(com carinho ao Dr.S.Guilherme)


Elaine Siderlí.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Francamente...

Vivemos esse tempo antes...
o tempo em que você se torna meu diario
e eu tua agenda

O diario é secreto, muito bem protegido
de qualquer ameaça ou perigo

A agenda é util, cumpre sua finalidade
a de ser um lembrete de eventos reais

Escrevo em voce, meus medos, desejos e anseios
minhas vitorias, meu pranto, minha instabilidade
emocional/sentimental/social

Tu escreves em mim tuas viagens, teus compromissos
a pausa para o almoço e o fim de noite risonho

Francamente a agenda é quase que indispensavel
porem pode ser substituida por uma mais pratica
ou avançada, quem sabe até mesmo uma agenda eletronica

Francamente o diario pode ter paginas arrancadas
folhas amassadas, mas sempre é indispensavel

Francamente o medo da substituiçao da agenda
não mais existe...

Francamente o medo de perder o diario me assombra
porem ha muito aprendi
guardo em meu coração, lembranças, sonhos, desejos
escritos no vento.

Elaine Siderlí

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Paz, apenas Paz.

Então ela se sentia humilhada, coagida, sentia-se sofrendo assedio moral...
E tudo por ter feito escolhas as quais a levaram a esta cena atual...
Quando criança aprendeu que pra conseguir afago era preciso 'gritar'...
Quando adolescente aprendeu que pra conseguir atenção era preciso se 'moldar'...
Quando jovem aprendeu que não era dona de seu proprio querer...
Quando adulta aprendeu que a brisa nem sempre sopraria a seu favor...
Mesmo assim decidiu que seria uma boa pessoa
Íntegra
Honesta
Competente
Justa
Sempre usando de Empatia para não ferir...
Obviamente tem uma personalidade forte
Que amedronta os fracos de espirito ou de idéias ou de ideais...
Hoje quer gritar sua liberdade,
Quer viver sem ser perseguida, sem precisar se defender de calunias
Quer apenas ser quem é e a cada dia está em constante melhora
Pois o evoluir é isso é mudar constantemente
Quer não precisar lutar, não precisar se defender
Quer viver...
Quer apenas Paz!


Elaine Siderlí

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Fazer diferença

...em seu primeiro dia de aula o menino franzino de olhar doce (olhos grandes como duas amêndoas)e sorriso tímido se surpreendeu ao encontrar a sociedade egoísta, invejosa e hipócrita no olhar de veteranos que transitavam pacificamente pelos corredores da tal aclamada instituição...

...por um breve momento ele pensou " foi pra isso que tanto lutei?! vou-me embora agora sem demora" porém algo dentro desse ser o impulsionava a ficar e a estabelecer limites e a não se permitir moldar, ele trazia a pureza da intenção de crer que "ele faria a diferença, ele não teria aquele olhar ao termino do quarto ano"

...no termino do segundo ano ele se reconheceu egoísta diante de uma situação corriqueira, simplesmente não aceitou colocar o nome da colega no trabalho que ele fez sozinho (ela já havia fechado a matéria e a colega estava pendurada, e ele cansado de fazer tudo para os outros e nada pra ele)

...no termino do terceiro ano se enxergou invejoso com seu colega de quarto, quando o encontrou namorando a menina mais desejada da escola, ele os viu trocando caricias no quarto que ele com partilhava com o amigo, então porque o amigo e não ele, afinal ele era inteligente, cuidava sempre do físico, da mente e do espírito, como assim o amigo e não ele?!

...na metade do quarto ano se denominou hipócrita por sempre ter levantado a bandeira do 'não preconceito' e ele foi o primeiro a julgar a garota que em seu primeiro ano em tão aclamada instituição revelou que possuía uma opção sexual distinta das amigas ela gostava de meninos e também de meninas.


...no termino do quarto ano ele constatou...fora egoísta, invejoso e hipócrita mas vivenciou cada uma dessas experiências de forma distinta não se tornou o egoísmo, nem a inveja e nem a hipocrisia, permitiu que elas passassem por ele mas não permitiu que elas ficassem no domínio
...agora era um homem forte, com olhar centrado e sorriso doce e sabia por vezes é preciso apenas experimentar sem se permitir ficar, sabia que em seu olhar de veterano os calouros não enxergariam o que ele aprendeu e sim o que ele deixava transparecer, sabia que a sociedade é apenas o reflexo das experiências não experienciadas, das experiências que chegam e que permitem que fiquem sem jamais deixa-las que passem
...ele alcançou o que desejou, seu olhar era centrado e ele fez a diferença, ao menos pra si mesmo ele fez a diferença.


Elaine Siderlí.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Verão e Inverno

Entre as folhas caídas ao chão pelos ventos do verão
passeiam alguns sentimentos com roupagem humana
passeiam o orgulho e a vaidade em busca de identidade
passeiam a avareza e a pobreza em busca de equilibrio
passeiam o amor e o ódio em busca de si próprios
passeiam a felicidade e a tristeza em busca de autoafirmaçao

Entre as estrelas brilhantes do céu de inverno
passeiam a certeza e duvida
a clareza e a obscuridade
a luz e as trevas


Entre todos os acontecimentos internos e externos
eu passeio entre o inverno e o verão
entre as qualidades e os defeitos
entre a perfeição e a imperfeição

De sobressalto me pego em momentos egoistas
olhando no espelho começo a reconhecer
a face que ali reflete
e entre fugas, subterfúgios e transparencias
me revelo a mim mesma
ora um sentimento ora uma roupagem humana.



Elaine Siderlí

sábado, 15 de janeiro de 2011

A outra face...



Respiro por um segundo
E tudo volta ao normal.
Nada mudará minha decisão
Tirarei das profundezas do meu ser
A força necessária
Para esquecer você
Quem gostaria de ver
Quanto de trevas existe em um feixe de luz?
Cansei de dizer palavras bonitas

Cansei de tentar demonstrar pela sensibilidade
Meus sentimentos e valores
Agora vai ser assim,
Não foi isso que buscavam me transformar?
Não me negaram amor a ponto de me matar?
Não irei recuar nenhum milímetro do meu caminho
Porque existe em mim um amor maior do que tudo
Que move montanhas, abre os mares da emoção
Ele se chama Amor próprio.
Não deixei de amar,

Tão pouco de esperar a pessoa que mereça
Todo sentimento que tenho para dar
Mas definitivamente,
Essa busca não é mais minha.
O que é pra ser será!
E tem muita força.
E por mais que existam momentos de fraqueza
É quando estou derrotado,
Que eu me levando mais forte.
As tempestades dentro do meu coração
Podem afoga-lo em tristeza
Mas eu continuo a ser
O senhor de mim.
Rompam as barreiras!

Derrube os muros!
Nada pode mover a força que em mim se ergue
Mais forte que trovões em chuvas de verão,
Mais forte que o soar das trombetas do fim dos tempos,
Este sou eu.


por: Cá Azevedo

(uma alma amiga e rara que navega no oceano do existir)