segunda-feira, 2 de março de 2009

Como duas crianças empurradas pelo vento...



Deixo a cidade
e vou ao encontro das árvores,
dos pássaros,
das flores,
do sol,
das águas,
dos peixes,
da brisa,
das manhãs,
das noites,
das estrelas...
Vou contigo,
e cantamos
como dois pássaros leves...
Como duas crianças
empurradas pelo vento,
livres,
incomodamos
as estátuas!
Amantes da vida,
fingimos que não vemos a inveja
que pela vida mostram
os que têm cimento
sobre a pele,
sobre os olhos
espantados,
apavorados,
com saudades da infância
e dos sonhos sepultados!...


Eduardo Aleixo

(poeta português, possui um blog compartilhado com Rita Aleixo, onde sonhos e pensamentos tornam-se poesias a luz e ao vento)

Blog À Beira de Água http://ealeixo.blogspot.com/

7 comentários:

Unknown disse...

Obrigado, amiga, pela lembrança.
Beijo.
Eduardo

Café da Madrugada® Lipp & Van. disse...

Palavras belas, e que deixam todo sentimento de saudade pelo ar...

Elaine Siderlí disse...

Edu,

Quem agradeço sou eu, por você me proporcionar a ler um texto assim tão belo.

bjus.

Elaine Siderlí

Elaine Siderlí disse...

Lip e Van

Grata, gosto muito dos textos do Edu, fico feliz que tambem apreciem!

bjus.


Elaine Siderlí.

Unknown disse...

Lindo esse poema!
"Amantes da vida,
fingimos que não vemos a inveja que pela vida mostram
os que têm cimento
sobre a pele,
sobre os olhos
espantados,
apavorados,
com saudades da infância
e dos sonhos sepultados!..."

Não tinha pensado nisso: cimento sobre a pele!

Belíssimo!

Beijos, Elaine!


Mirze

Elaine Siderlí disse...

Eu também não querida Mirse eu tambem
não!
legal né?

bjus.

Elaine Siderlí.

vieira calado disse...

Leve e bonito, este poema!


Cumprimentos