POEMA À CASA
Estes muros são a nossa casa,
o modo austero de preservar
o tecto para as chuvas e o vento,
onde encontrar um refúgio, o alento
para dizer as palavras indizíveis.
Aqui coabitamos com as dúvidas
que escondem um instante efémero,
uma noção solene do nosso tempo breve
para discorrer sobre os acasos.
Transpiramos as sombras espessas
que chegam depois da exígua claridade
ofuscando o brilho dos nossos olhos
para que o amanhã de novo se construa
por cima dos nossos restos da luz morta.
em "Causas de Habituação", em preparação
Vieira Calado
Poeta, escritor português possuí 3 blogs, o poema acima foi retirado do seguinte blog
http://vieiracalado-poesia.blogspot.com/
6 comentários:
Obrigado, amiga!
Bjs
Eu é quem agradeço, a honra é minha!
bjus!
Elaine Siderlí.
=D Elaine, obrigada por add lá.
ah! Gostei desse ultimo post.
O poema é ótimo!
Acho que vou bisbilhotar os blogs desse autor! rs.
Beijos.
Obrigada pela visita, vá bisbilhitando sim, pois os encontros sõ sempre únicos e proveitosos.
bjus.
Elaine Siderlí.
H[a tempos não lia um poema do Vieira Calado. Ele é Le creme de la crème!
Bela postagem e escolha!
parabéns
Mirze
É sim Mirze, gosto muito do que ele escreve e aprecio boas e diferentes leituras amiga tu sabes bem disso!
bjus.
Elaine Siderlí.
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