sábado, 1 de outubro de 2011

Meu Elefante Branco...



introdução...

O elefante é o animal mais forte deste planeta...
em algumas culturas é cultuado como uma divindade...

O branco é a junção de todas as cores...
para alguns representa o luto, para outros a paz...




Um Elefante Branco tanto pra esse ou aquele é
percebido
notado
exposto
visto...

Estou aqui no silencio de uma tarde de primavera
na tentativa de parir meu elefante branco do âmago do meu ser
tudo aquilo que guardei que nem eu mesma sei
tudo o que está ali dentro onde talvez eu nem queira mexer
porém com a provocação saudável de uma alma amiga
estou cá a pensar como construir o que na verdade desejo destruir
a dúvida surge..."destruir?!" será mesmo que é este o desejo?!
enfim é preciso construir para demolir
é preciso bagunçar para arrumar
é preciso a dualidade para encontrar a simplicidade do existir


Meu elefante branco...

as patas dianteiras trazem sonhos então são forjadas de bambu
para que estes sonhos se inclinem diante da dificuldade de
realização mas que persistam e se levantem quando o momento oportuno chegar
as patas traseiras trazem a razão para que possa se firmar e mesmo que as
dianteiras insistam em saltar ser apoio e não deixar o corpanzil se estatelar
e estas são forjadas de aço inoxidável

o corpo é feito de mata nativa com galhos, flores, verde oliva
mata ora velada ora desbravada depende apenas do raio de sol
ou da tempestade tropical que ali ousar chegar
pode ser um refugio, o parque de diversão,
pode ser uma perdição, a lamentação

a cabeça ah essa cabeça por vezes maldita e por vez bendita
coloca-se a frente mas teme seguir enfrente
lança a duvida mesmo possuindo a certeza
ah essa cabeça poderia ser de vento
ou de fagulhas do firmamento
poderia ser de poeta, masoquista,
neurose, maternidade, cumplicidade, companheirismo, amizade...
ah a cabeça é uma bola de sabão
pois coloco o coração não no corpo e sim na cabeça
e o coração é cheio de atmosfera ilusória
que reflete as cores os tons os sons externos
mas que não consegue silenciar e lidar com seu silencio
silencio divino, natural de todo ser,
mas que cabeça é essa?!
uma cabeça feita de bola de sabão em forma de coração...

a tromba é o que vai na frente sempre então é composta de um largo sorriso
a cauda é a censura, não a possuo.



(com carinho ao Dr.S.Guilherme)


Elaine Siderlí.

4 comentários:

Cravos disse...

Parabéns pelo texto! é seu mesmo?
amiga do Guilherme, é minha amiga também...
Abraços
Cravinhos
http://escritornashorasvagas.arteblog.com.br/

Elaine Siderlí disse...

como assim?! se é meu mesmo?! hahahaha adorei rs pela 'tirada' já é meu amigo tambem hehehe...
sim o texto é meu sim, feito apos ouvir um texto que o Guilherme 'parodiou' que falava justamente de elefantes rs então ele lançou o questionamento "pq não escreve sobre seu elefante?!" e deu isso ai rs...
Cravos bem-vindo e entendo como um elogio sua pergunta :)
Abraços...

Reminiscências disse...

Realmente como disse no face, ainda de tudo, raro. Assim tinha que ser seu elefante, inusitado, raro, inaudito, inesperado.
Sua marca não é o comum, mas a provocação valeu. Vamos discutir esta nova re-significação do seu "Eu".
Abraço e beijo no coração feito de bola de sabão que está na cabeça deste elefante raro.
Guilherme

Elaine Siderlí disse...

Grata Gui
por tudo
sempre!!!!
Abraços....